OUTUBRO ROSA: Quimioterapia e Tratamento Capilar

Alterações na estrutura capilar durante o tratamento oncológico

 

Na luta contra o câncer há um estereótipo que segue no imaginário das pessoas, a queda de cabelo. Lidar com o diagnóstico e as possíveis consequências do tratamento contra a doença não são tarefas fáceis a enfrentar. E quando essas consequências afetam a autoestima das mulheres que estão em tratamento, é preciso que se tenha maior cuidado e um trato humanizado.

Dentre inúmeros fatores, esse efeito colateral pode ser ocasionado pelo uso de quimioterápicos, doses dos medicamentos prescritos e intervalo entre as aplicações. Cada paciente responde de uma forma ao tratamento proposto e cada reação requer um acompanhamento específico.

Os protocolos utilizados para o tratamento oncológico podem provocar alterações nas características que vão além da queda de cabelo e afetam desde a cor, consistência e até a estrutura capilar. Sarah Golzio, tricologista e professora do curso de Nutrição do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau João Pessoa, destaca que “os medicamentos citotóxicos matam não só as células cancerígenas, mas células saudáveis, sendo alvo também o sistema pigmentar. Como 90% dos cabelos estão na fase de crescimento, a queda durante a quimioterapia costuma ser massiva. No entanto, essa queda de cabelo pode variar de acordo com os medicamentos e regime de tratamento”, disse.

Após o término da quimioterapia a alopecia provocada pode ser reversível entre 3 e 6 meses. Porém, caso esse crescimento não ocorra após o período indicado, há possibilidade do paciente desenvolver Alopecia Permanente após Quimioterapia, que está associada também às altas doses e tempo prolongado dos medicamentos específicos utilizados.

Apesar das condições que influenciam para que ocorra a queda de cabelo, há também um fator preponderante para o crescimento normalizado dos fios, a alimentação. O cabelo é composto por aminoácidos, vitaminas e minerais que nutrem o folículo piloso e o desenvolve para que o cabelo cresça adequadamente. Por isso, buscar um acompanhamento com o nutricionista para adequar a alimentação durante a fase do tratamento e o pós é essencial.

Segundo a professora Sarah Golzio, “os alimentos mais indicados são baseados em dieta mediterrânea, ou seja, rica em frutas, hortaliças, gorduras boas como azeite extravirgem, abacate, oleaginosas além de alimentos ricos em fibras e carboidratos complexos como as raízes”.

Logo após o diagnóstico, o acompanhamento tópico e nutricional pode ser iniciado para que haja um aporte nutricional da paciente, além de estimular o crescimento capilar posteriormente à quimioterapia.

Esteja atenta, faça o autoexame e consulte seu médico. Prevenir é um ato de amor.

UNINASSAU