Pacheco diz que casos de agressões policiais ‘são repugnantes’

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou, nesta quarta-feira (4), os casos de agressões policiais que vieram a tona nos últimos dias. A declaração ocorre após um homem ser jogado de uma ponte por um policial militar em São Paulo na segunda-feira (2).

“O valor das polícias no Brasil, que é real e reconhecido pela sociedade, não está nos graves casos registrados recentemente pela imprensa, que são exceções absolutamente repugnantes. O respeito a todo cidadão é uma obrigação constitucional, que preserva a dignidade do ser humano, um dos principais fundamentos da República brasileira”, disse Pacheco em nota.

Marcelo caiu de uma altura de três metros em um córrego poluído e sofreu ferimentos na cabeça. Ele foi levado para um hospital, mas já está bem e deve ser ouvido na investigação. Todos os 13 agentes envolvidos na abordagem foram afastados das ruas.

Mais cedo, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), negou haver uma crise na segurança, disse que o caso relacionado a Marcelo “foi muito ruim” e que providências seriam tomadas.

“O que aconteceu foi muito ruim e vamos tomar providência”, destacou Tarcísio. Em meio a este e outros casos envolvendo agentes de segurança paulistas, que ganharam repercussão nos últimos dias, Tarcísio afastou a possibilidade de substituir o secretário de Segurança, Guilherme Derrite. Questionado pela imprensa se acreditava que Derrite estaria fazendo um bom trabalho, o governador respondeu: “olha os números, você vai ver que está”.

Pelas redes sociais, Derrite repudiou a ação dos policiais. “Determinei o afastamento imediato dos policiais envolvidos nessa cena lamentável. A missão da Polícia Militar difere em muito desse tipo de atitude. Eles passam a cumprir expediente na Corregedoria da PM até que os fatos sejam apurados”, escreveu.

Outros casos vieram a tona

A Polícia Civil também investiga a morte de um homem na estação de trem de Carapicuíba, ocorrida em 11 de novembro. Ele teria sido imobilizado e agredido por seguranças privados e um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) à paisana. Outro jovem foi morto a tiros em 3 de novembro por um policial militar de folga ao tentar sair de um mercado furtando sabão, na zona sul de São Paulo. Ambos os casos só vieram a público nesta terça-feira (3).

Portal Correio