A paraibana Silvana Pilipenko, que ficou 26 dias desaparecida na Ucrânia, chegou em João Pessoa na madrugada deste domingo (10). Ela veio com o marido, Vasyl, e a sogra, em voo que partiu de Dubai, com conexão em São Paulo. No Aeroporto Castro Pinto, ela foi recebida por familiares e amigos.
Entenda o caso
A artesã paraibana morava na Ucrânia desde 1995, quando se casou com o capitão da marinha mercante Vasyl Pilipenko. Eles se conheceram em uma festa no Porto de Santos, em São Paulo, e se casaram na Paraíba dois meses depois.
Silvana e Vasyl tiveram um filho, Gabriel, de 26 anos, que é engenheiro naval. O jovem estava a trabalho em Taiwan quando as tropas russas invadiram a Ucrânia. Ele tentou resgatar os pais e a avó paterna, mas não conseguiu acesso ao país. Mariupol, cidade onde a família Pilipenko morava, é, desde o início da guerra, a localidade mais atacada pela Rússia.
Silvana, o marido e a sogra foram considerados desaparecidos por 26 dias. No dia 3 de março, ela enviou um vídeo a familiares informando que Mariupol estava cercada. Depois disso, não deu mais notícias. As semanas seguintes foram de angústia para os parentes.
Somente em 29 de março Silvana conseguiu fazer contato com o filho. No dia seguinte, ela chegou à Crimeia, península situada no sul da Ucrânia que desde 2014 está sob domínio da Rússia.
“Eu, minha sogra e meu esposo estamos fisicamente bem, mas emocionalmente abalados, e precisamos de um tempo para nos reconstruir. Foram dias difíceis, muito difíceis, mas eu agradeço cada oração de vocês, o empenho de vocês, porque eu tenho certeza que as orações foram parte fundamental para que a nossa saída [da Ucrânia] tivesse êxito”, disse a paraibana, em vídeo postado nas redes sociais, ao chegar à Crimeia.
O processo de repatriação de Silvana Pilipenko foi acompanhado pelo Itamaraty.
Portal Correio
Silvana Pilipenko — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal