Com pouco mais de um ano de operação, o PIX, o sistema de transações instantâneas do Banco Central (BC) alcançou uma adoção de 71% no país em 2021. Sua aprovação também subiu de 76% para 85% nos últimos 12 meses, um salto de 9%. Os dados, divulgados nesta terça-feira (28), são parte de uma pesquisa trimestral da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Na faixa etária dos mais jovens, de 18 a 24 anos, a aprovação do PIX é quase unânime, chegando a 99%. Já entre os entrevistados com 25 a 44 anos, esse número cai ligeiramente para 96%. Na faixa dos 60 anos ou mais, a taxa de aprovação ainda é mais modesta, 65%.
Entre as pessoas de baixa renda e menos escolaridade, a adesão do PIX é mais baixa. Do grupo com escolaridade fundamental, o estudo indica que o sistema é utilizado por uma fatia de 53% das pessoas. O número sobe para 64% entre aqueles que recebem até dois salários mínimos.
Além do salto em adoção e aprovação, vale ressaltar que o PIX bateu recentemente um novo recorde de transações diárias impulsionado pelas festas de fim de ano.
Golpes via PIX
A pesquisa também tratou de um tópico importante, as tentativas de fraudes que se aproveitam do PIX para fazer novas vítimas. Dentre os 3 mil entrevistados, 22% confirmaram que já sofreram prejuízos dessa forma.
Sobre tentativas de golpes, 69% disseram que já foram alvo de armadilhas, com a tentativa de clonagem ou troca de cartão liderando as fraudes mais comuns (48%).
Na segunda colocação, outra modalidade de golpe que está crescendo entre os criminosos são as chamadas telefônicas se passando por atendentes de bancos, saltando de 18% para 28% de setembro até o fim de novembro.
Por fim, as tentativas de fraude por meio de aplicativos como o WhatsApp, em que um contato tenta se passar por um conhecido da vítima e solicita transferências via PIX, também foram destaque. Esse golpe foi o terceiro mais relatado pelas vítimas, respondendo por 24% dos casos.
Olhar Digital