A Paraíba já tem seis pré-candidatos ao Governo do Estado nas eleições de 2022. João Azevêdo, Lígia Feliciano, Luciano Cartaxo, Nilvan Ferreira, Pedro Cunha Lima e Cabo Gilberto já colocaram o nome na disputa, que levará cerca de 2,9 milhões de eleitores às urnas.
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Representantes de partidos e segmentos políticos diversos, os pré-candidatos já esboçam o planejamento para uma possível gestão à frente do Poder Executivo estadual, caso eleitos. Veja abaixo um levantamento preliminar sobre as ações que executam como agentes políticos e a linha que cada um deles pretende seguir nas eleições para o Governo do Estado.
Cabo Gilberto (partido indefinido)
O deputado estadual Cabo Gilberto Silva afirmou que a pré-candidatura ao Governo está mantida. Conforme publicação do blog de Sony Lacerda, o parlamentar, no entanto, defende a união do grupo das oposições ainda no 1º turno das eleições.
“Está firme e forte. Estamos buscando alianças para fortalecer nosso nome”, deixou claro. Cabo Gilberto é um dos representantes da ala da direita bolsonarista na Paraíba, que tem ainda Nilvan Ferreira (PTB).
Cabo Gilberto aguarda a janela partidária em abril para deixar o PSL, que, junto com o Democratas, forma o União Brasil, para se abrigar no PL, mesma legenda do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Há especulações de que o líder da oposição na Assembleia Legislativa poderia abrir mão da disputa pelo Palácio da Redenção para apoiar Nilvan.
João Azevêdo (Cidadania)
Pré-candidato à reeleição, o governador João Azevêdo fez uma prestação de contas da atual gestão na última segunda-feira (10). Ele ressaltou que a Paraíba apresenta estabilidade no setor econômico. “O Estado está com as finanças em dia. Quando a gente senta com todos os segmentos econômicos e mostra a Paraíba, é evidente que se cria quase um convite para que novas empresas aqui cheguem e gerem emprego”.
O gestor falou que procura resolver pendências e destacou que uma delas é com o setor de segurança pública. Ele citou a proposta de reajuste que fez à categoria e lembrou o cumprimento de planejamentos da campanha de 2018 com outras categorias como a Defensoria Pública.
João Azevêdo falou também sobre os desafios da pandemia e as melhorias no sistema de saúde no período. “Se tem algum legado bom que a pandemia deixou foi a infraestrutura hospitalar que nós conseguimos ampliar por todo o estado”.
Sobre as eleições de 2022, Azevêdo comentou a atipicidade do período, sendo um ano “mais curto” com relação a convênios com prefeituras, mas evidenciou que o Governo não vai para de trabalhar nessa época, citando investimentos como a dragagem do Porto de Cabedelo e o Centro de Convenções de Campina Grande.
Lígia Feliciano (PDT)
De acordo com o blog da jornalista Sony Lacerda, da Rede Correio Sat, a atual vice-governadora Lígia Feliciano disse ter tido “uma conversa franca” com o governador João Azevêdo, em dezembro de 2021, sinalizando que não estaria rompendo com ele, mas que queria estar mais livre para analisar o cenário político e a vontade do PDT de ter uma candidatura própria ao Governo do Estado.
Ela afirmou que já está na hora de a Paraíba ter uma mulher governadora. “Seria uma honra”, destacou. Sobre apoios e alianças, a pedetista disse que ninguém faz nada sozinho e que tem dialogado com partidos de centro-esquerda, a exemplo do PT, PCdoB, PV.
Lígia Feliciano ainda disse que se tiver o nome oficializado como pré-candidata ao Governo, não voltará atrás. “Quando eu anunciar minha pré-candidatura ao Governo do Estado, não tem volta. Vice, eu já fui”.
Caso a candidatura vingue, Lígia revelou que já tem 12 propostas que apresentará aos eleitores da Paraíba, ainda não divulgadas publicamente.
Luciano Cartaxo (PT)
Ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo vê as eleições de 2022 como fundamentais para que a Paraíba e o Brasil voltem a ter gestões públicas que cuidem das pessoas, gerando mais oportunidades e qualidade de vida para todos.
“Não resta dúvidas que hoje os paraibanos e os brasileiros vivem muito pior do que viviam anos atrás, graças sobretudo a falta de gestões públicas que coloquem as pessoas, principalmente as mais carentes, como prioridade. A eleição será o momento de mudar isso, voltar a ter um Brasil e uma Paraíba que olhem para sua população e ofereçam as condições para sair deste cenário de desemprego e alta inflação”, declarou Cartaxo.
O pré-candidato reforçou que o Brasil e a Paraíba precisam de uma forma de governar que retome a esperança em dias melhores para a população.
“O Brasil vive hoje um momento de inflação acelerada, desemprego em alta e falta de oportunidades. Precisamos garantir um país e uma Paraíba mais justos, com mais respeito à democracia, à ciência e à liberdade de expressão”.
Nilvan Ferreira (PTB)
Em contato com o Portal Correio, o jornalista e apresentador de TV definiu a saúde, recuperação econômica e segurança pública como os principais eixos de uma possível gestão dele à frente do Governo.
“A Paraíba precisa virar um ciclo. Nós temos 12 anos de um mesmo grupo político. Há uma necessidade de mudar essa página, mudar o estilo de governar o Estado”, disse o apresentador.
Ele falou sobre os segmentos citados acima: “A questão da saúde ficou agravada principalmente com a pandemia. As vísceras dos problemas ficaram mais expostas. A Paraíba tem um orçamento gigantesco na saúde e continua penando. A gripe já começa a sufocar o sistema”.
Ele também tratou sobre economia: “Precisamos sair de um estado de letargia. A Paraíba precisa deixar de ser um dos estados que mais cobram impostos. Temos que fazer uma discussão sobre redução da carga tributária”. Nessa esfera, ele também incluiu detalhes sobre a segurança, alegando que é preciso fazer uma recuperação salarial das forças policiais.
Pedro Cunha Lima (PSDB)
De acordo com o blog do jornalista Hermes de Luna, da TV Correio, Pedro defende o fim de privilégios para o cargo de governador. Em entrevista no programa Correio Debate, no dia 3 de janeiro de 2022, ele considerou “bizarro” o orçamento de mais de R$ 300 milhões para Assembleia Legislativa. O parlamentar acha que pode convencer deputados estaduais e candidatos ao Legislativo estadual a dar um ‘reset’ na máquina pública.
Pedro comparou o orçamento da Assembleia com o da UEPB e da Polícia Militar e disse que a defesa dos gastos com os deputados não se sustenta. “Quem mergulhar nesse espírito vai se fortalecer politicamente”, disse. O deputado federal está seguro do apoio do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e do ex-prefeito Romero Rodrigues (ambos do PSD).
Pedro argumentou que faz parte de uma nova geração e que tem olhar sobre a política totalmente diferente do que tinha o avô, Ronaldo Cunha Lima, e o pai, Cássio. “Já quebrei o retrovisor. Tenho admiração da história de Ronaldo e de Cássio, mas todas as vezes que alguém puxar esse debate é porque não quer discutir situações atuais como os gastos com a Granja Santana”, observou.
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