Presidente Orlando Soares explica desistência da corrida eleitoral e salários atrasados no Belo

O ainda presidente do Botafogo-PB, Orlando Soares, concedeu entrevista à Rádio CBN nesse domingo (25), esclarecendo diversos temas, como a sua desistência da corrida eleitoral para presidência do clube, os salários atrasados dos jogadores e todo o imbróglio que envolve o pleito botafoguense.

Inicialmente, Orlando combateu uma “fake news” que, segundo ele, foi criada pela oposição. A informação falsa afirmava que a atual diretoria do Belo teria dito aos atletas, na última sexta-feira (23), que só pagaria os salários atrasados desde o dia 10 caso seu grupo ganhasse a eleição para o Conselho Deliberativo, que aconteceu no domingo.

— Nós tivemos reuniões com a equipe. Na sexta-feira fomos lá, conversamos sobre a situação, levamos tranquilidade para o grupo. Aí criaram uma situação que nós tínhamos ido lá falar que só receberiam o salário se nós ganhássemos a eleição. Tanto é que nós temos um áudio do gerente de futebol nosso, que estava presente na reunião, e desmentiu veementemente o que houve — esclareceu.

No pleito do domingo, vitória esmagadora da oposição, que colocou 48 dos 50 conselheiros que compõe o conselho deliberativo do clube. Na ocasião, poucos integrantes da chapa da situação compareceram. O atual mandatário do Belo explicou que seu grupo político ainda aguarda a decisão final da “liminar dos 21”, que impedia 21 candidatos da oposição de votarem e serem votados no pelito. Uma possível vitória judicial colocaria a atual diretoria novamente com maioria no CD.

— Nós estamos simplesmente aguardando a liminar dos 21. Se a liminar dos 21 nós der positivo, então a eleição de hoje não existiu. Votou gente que não poderia votar. Então nem precisa fazer nada quanto a de hoje. Agora, se realmente disserem que eles poderiam, então acabou o problema — relatou.

Neste mês, pela primeira vez, a atual gestão do Botafogo-PB teve que conviver com salários atrasados. Orlando Soares admitiu estar com vencimentos atrasados e justificou que o time pessoense não será “ponto fora da curva”, já que vários outros clubes do Brasil também não estão em dia com seus atletas.

— Se eu disser assim: hoje, está em dia 100%? Não. O que nós estamos pagando hoje é a carteira, porque você sabe que o salário do jogador é dividido em duas etapas, a carteira e direito de imagem. Vamos tentar concluir o direito de imagem nesta semana. Fizemos alguns pagamentos já relativos ao que está em carteira, mas o direito de imagem não foi concluído. Mas também, se você olhar aí, o Botafogo não vai ser exceção, não é o ponto fora da curva não. Quantos clubes do Brasil, de A a B, estão atrasados dois, três meses. O problema da gente hoje é que tem a eleição — explicou.

Por fim, o ainda presidente do Belo disse estar recebendo ameaças e xingamentos, e, sobre isso, prestou queixa sobre o ocorrido, disponibilizando o seu celular para a perícia e identificação dos agressores. Mesmo com os supostos ataques, garantiu que não irá renunciar do cargo de mandatário e cumprirá sua função até 31/10, quando o novo comandante assumirá o clube.

— Eu não renunciei o cargo e não renunciarei. Eu vou cumprir meu mandato até 31/10. Eu simplesmente não vou concorrer à reeleição — finalizou.

Voz da Torcida