Parece que as compras online vão mesmo ser taxadas. Após um grupo de grandes empresários brasileiros demonstrar grande incômodo com a importação de produtos da China por pessoas físicas, a Receita Federal divulgou que pode baixar uma medida provisória (MP) cobrando impostos.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo, a medida do Fisco deve impedir que empresas de e-commerce estrangeiras vendam para brasileiros sem pagar impostos. Caso a MP seja realmente oficializada, sites de comércio eletrônico como AliExpress e Shopee, da China, e o argentino Mercado Livre serão atingidos.
“Parece um antijogo querer colocar o Mercado Livre nesse grupo, querendo prejudicar a nossa imagem. Ou é isso ou estão desinformados sobre quem somos”, disse Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil. A empresa atua no país há mais de 20 anos, tendo aportado em solo brasileiro no ano de 1999.
Na última sexta-feira (25), o Ministério da Economia decidiu agir e preparar uma MP sobre as compras online. A pasta, chefiada por Paulo Guedes, tenta cercar essas plataformas online de vendas de produtos, depois que o grupo de empresários foi até Brasília reclamar com o alto escalão do governo federal.
A denúncia contra as compras online feitas por pessoas físicas foi feita por, entre outros, Luciano Hang, dono da Havan, e Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multilaser. Eles criticam o modelo de venda de produtos importados no Brasil por Shopee, AliExpress, por exemplo, chamando as plataformas de “camelódromos digitais”.
Olhar Digital