Review | iPhone 13 Mini: ele é compacto e muito forte, como deve ser

Pela segunda vez seguida a Apple mostrou ao mundo que o iPhone Mini pode ser uma boa porta de entrada para quem quer um smartphone da empresa, mas sem colocar a mão no bolso até o fim. O iPhone 13 Mini continua sendo uma surpresa agradável para o mercado dele, principalmente por me fazer ter boas lembranças de quando os celulares não tinham tela do tamanho de um tablet.

Ele tem corpo pequeno para os padrões de um smartphone de 2021, ano em que foi lançado, exibe tela OLED em 5,4 polegadas, tem notch menor no topo e corpo com cara mais sóbria, basicamente o mesmo visual adotado no iPhone 12 Mini. A proteção contra água também segue presente, mas agora o chip Apple A15 Bionic promete desempenho de sobra por muito tempo.

 

Será que ele é tudo isso? Será que o iPhone 13 Mini é a melhor escolha para quem quer um smartphone potente demais, que dá para usar com uma só mão? Eu passei as últimas semanas com ele no bolso, andando por São Paulo, sempre de máscara, pra te contar, nos próximos parágrafos, se vale a pena ou não.

Review do iPhone 13 Mini em vídeo

 

 

Design e tela

 

Se você já viu o nosso review do iPhone 13 Pro Max, ao menos na parte visual, pouco muda para o 13 Mini. Existem duas grandes alterações, sendo a principal no tamanho físico e a segunda no material, que é o alumínio fosco no iPhone 13 Mini e aço inoxidável no em seu irmão maior – e mais caro.

O tamanho é realmente o que mais me chamou atenção. Usar o iPhone 13 Mini me deu o conforto que eu não tenho faz tempo em smartphones. Ainda não dá para usar o celular com uma mão e acessar toda a tela, mas já é possível chegar muito perto disso. Por outro lado, o tamanho menor do display me fez passar por uma curva de aprendizado para parar de errar as letras no teclado. Foram uns três dias olhando com atenção para ficar tudo correto.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

O pessoal da Apple claramente sabe que as pessoas compram um smartphone e colocam uma capinha, apagando todo belo visual pensando pela empresa. Para contornar essa situação, o iPhone 13 Mini fez as câmeras traseiras ficarem em uma disposição diferente do modelo anterior. No lugar de lentes uma acima da outra, agora elas estão em uma diagonal.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

A Apple diz que a mudança ocorreu para acomodar os sensores maiores, o que dá para perceber pelo espaço extra no calombo, mas mudar a posição das lentes também criou uma identidade visual que não existe tão bem na parte da frente, pois muito celular Android também tem a tela com notch em formato de bigode.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Este local diminuiu em 20%, mas como também aconteceu com o iPhone 13 Pro Max, o usuário não recebe nenhuma informação extra pelas laterais que ganharam mais espaço na parte superior. Então a mudança é mais estética do que prática. Ficou bacana, mas se ninguém te contasse isso, você sequer notaria a diferença.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

A tela de 5,4 polegadas é uma das melhores que eu já usei em um smartphone, basicamente trabalhando com os mesmos resultados do iPhone 13 normal. O brilho máximo no modelo Mini é maior que na geração anterior, batendo em 800 nits e tudo isso é mais que o suficiente para ver qualquer conteúdo no display, mesmo em ambientes muito ensolarados.

O suporte para o HDR do Dolby Vision também tira proveito desse brilho elevado, garantindo ótima reprodução de cores, contraste e detalhes na resolução de 2.340 x 1.080 pixels. Junte isso com as caixas de som estéreo e o resultado é bastante imersivo. Eu não encontrei distorções ou momentos estridentes, mesmo em volumes elevados.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Ah, aquele ProMotion e seus 120Hz são exclusivos do iPhone 13 Pro e seu irmão iPhone 13 Pro Max. Por aqui a tela tem 60 quadros mesmo e isso eu acho um erro. Pelo preço do iPhone 13 Mini, praticamente qualquer concorrente já entrega muito mais que 60Hz. Chegar em 120Hz é um conforto visual interessante e eu sinto falta dele aqui.

Fechando a parte externa, a proteção com certificado IP68 promete resistência à água e poeira. A Apple diz que o iPhone 13 Mini resiste até seis metros de profundidade de água doce, por meia hora. Eu prefiro não testar essa vedação toda, mas gosto bastante de saber que posso limpar a tela e todo o celular com água da torneira, sem medo de ser feliz.

Hardware e software

 

Por dentro, o Apple A15 Bionic faz o trabalho de processador, dentro do chip que traz 4 GB de RAM. Pode parecer pouco se você faz uma comparação direta com números do Android, mas não existe um aplicativo ou jogo disponível na App Store que faça o hardware tremer. Nada, nadinha.

Qualquer coisa roda com os pés nas costas, mesmo quando muitos aplicativos estão abertos no fundo. O iOS 15, instalado de fábrica, sabe muito bem como lidar com eles e levar o desempenho para onde precisa, que é o app na frente. Isso vale para jogos e todos os testados rodaram muito bem, seja o Asphalt 9, Pokémon Unite ou o pesado e recente Genshin Impact.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini rodando Asphalt 9 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Em memória, o iPhone 13 Mini já começa com 128 GB e essa é uma quantidade mínima aceitável, até mesmo para quem vive nos grupos de zap com vídeos e mais vídeos, fazendo o backup das conversas ocupar um espaço considerável no aparelho.

No lado de soluções para o software, o iOS 15 traz tudo que está presente em outros iPhones. De forma resumida, ele permite ler texto de imagens dentro do app nativo para galeria, lida bem com o modo foco para suprimir notificações em momentos do dia, os alertas estão mais bonitos e por mais que o sistema operacional seja realmente mais fechado que o Android, ele tende a agradar os usuários.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Se você tem um Mac em casa, ou mesmo um iPad, ainda tira proveito do ecossistema da Apple que funciona de forma perfeita. Um arquivo pode ser enviado rapidamente entre os aparelhos, notificações aparecem em outro dispositivo e até uma ligação do iPhone 13 Mini pode ser atendida no tablet ou mesmo no computador de mesa. Tudo funcionando nativamente, sem precisar baixar nada.

Esse caminho vem sendo trilhado pelo Android de forma muito vagarosa e a Samsung é quem dá passos maiores. Ela vem removendo as arestas que ainda persistem entre o Windows e os Galaxy, mas a solução da Apple continua muito à frente e é invejável.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Ah, o iPhone 13 Mini também é compatível com os AirTags. A ideia desse acessório é poder encontrar outros produtos pela casa, até longe de você. Basta um iPhone passar por perto e você é avisado. No Brasil o celular da Apple não é tão popular como nos Estados Unidos, então aqui eu uso mais pra saber onde foi parar a chave de casa mesmo.

Por fim, o iOS em um iPhone novo tem a garantia velada da Apple para muitos anos recebendo atualizações. É fácil apostar em no mínimo cinco anos para o tempo em que o iPhone 13 Mini ainda receberá um sistema operacional novo, junto de correções de segurança.

Câmeras

 

Agora, pulando pras câmeras, o iPhone 13 Mini vem com duas lentes bem grandes na parte traseira. São dois sensores de 12 megapixels, com um deles pras fotos normais e outro para ultrawide. De forma resumida eu posso falar que as fotos são muito boas em qualquer condição de luz e em muitos momentos atingindo algo perto de espetacular.

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Detalhando os momentos que passei com o iPhone 13 Mini tirando fotos pela cidade, notei que ele evoluiu bem quando comparado ao modelo anterior. Os detalhes saltam aos olhos, existe nativamente uma tendência para cores mais saturadas, que pode ser ajustada dentro dos perfis de fotografia , que eu expliquei bem lá no review do iPhone 13 Pro Max, e eu me encanto quando o vermelho fica rico, quando o verde fica evidente…enfim, quando as cores estão presentes com força.

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Me lembra mais ou menos o trabalho da Samsung em suas melhores câmeras, mas sem o toque exagerado na saturação. No iPhone 13 Mini tudo é mais balanceado por padrão. O foco também me chamou atenção por ser veloz e eficiente.

Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Em imagens com a lente ultrawide a Apple continua entregando resultados tão bons quanto na lente principal, sem distorcer as bordas de forma exagerada. É possível ver um poste mais entortado, mas não como ficaria numa GoPro da vida.

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

De noite, ou em ambientes escuros, as fotos não deixam luzes estouradas até mesmo sem o modo noturno. Ele é ativado como sugestão se o software nota que há pouca luz, resultando em fotografias ainda mais definidas, com céu bem desenhado, cantos escuros com mais informações e pouquíssimo ruído.

Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

As selfies usam a câmera frontal que também tem 12 megapixels e as imagens ficam muito boas por aqui. As cores são bem representadas e até de noite o resultado é positivo. Fica dentro do esperado para o lançamento da Apple para este ano.

O modo cinematográfico continua presente, como está no iPhone 13 Pro Max e lá eu explico direitinho como ele funciona. De forma resumida, ele faz o modo retrato para o vídeo, com controle inteligente para quem está em foco e com clipes em Full HD, em 30 quadros por segundo.

Foto com a câmera frontal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Foto com a câmera frontal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Os mesmos problemas que eu notei lá no iPhone mais caro continuam aqui, como a dificuldade de manter o foco quando há muito movimento ou um número elevado de pessoas na cena.

No modo de vídeo normal o Dolby Vision faz um trabalho espetacular com as cores, detalhes e alcance dinâmico em até 4K com 60 quadros por segundo. O estabilizador de sensor está presente aqui e o resultado é muito bom, quase o esperado para um gimbal simples.

Bateria

 

Ok, tudo isso consome bastante bateria e a Apple continua econômica nesse momento. O iPhone 13 Mini vem com apenas 2.500 mAh. É mais que na geração passada, mas o incremento poderia ser maior.

De qualquer forma, eu consegui passar o dia inteiro com o celular no bolso, envolvendo umas duas horas de vídeo no YouTube em Full HD, mais três horas de podcasts, Wi-Fi ligado o tempo todo, junto de Bluetooth e o 5G ativado em alguns momentos quando a rede estava presente, algumas horas de navegação em redes sociais, menos de meia hora em jogos e fechei o dia com 30% de energia sobrando no tanque.

Dava para continuar usando o celular pra ir para o bar, se a COVID-19 permitisse esse luxo.

Na caixa a Apple continua não incluindo o carregador e o iPhone 13 Mini suporta até 18 watts. Eu peguei um adaptador da Samsung com 65 watts e coloquei na porta Lightning do celular. Em 23 minutos a bateria recuperou 50% da carga, mais 13 minutos fizeram o componente ter 70% de sua capacidade total.

Para preencher os 100% da bateria, eu precisei de menos de uma hora e 30 minutos.

iPhone 13 Mini: Vale a pena?

 

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Sim, mas antes eu sei que a Apple cobra caro e ela não esconde isso de ninguém, desde sempre.

Bom, ele vale desde que você esteja chegando de um iPhone mais antigo e saiba que este modelo é compacto. O conforto nas mãos me cativou e o desempenho exageradamente forte também, junto das câmeras entregando resultados tão promissores em um celular com dimensões pequenas.

Eu não me lembro quando foi a última vez que usei um smartphone tão potente e com tamanho pequeno, mas certamente aconteceu lá nos Xperia Compact da Sony. No começo eu me atrapalhei com os botões menores, mas depois fiquei com a sensação de que esse é o tamanho ideal para um celular.

iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 13 Mini (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

 

Ele não faz tanto volume no bolso, cabe na mão tranquilamente, fica firme mesmo sem duas mãos, mas eu repito que isso tudo só faz sentido se você vem de um iPhone mais antigo, pois em comparação com o iPhone 12 Mini, os avanços são tímidos. Se você quer realmente um celular pequeno e muito, mas muito forte, com muitos anos de atualização, o iPhone 12 Mini pode ser uma boa pedida. Se a carteira está mais cheia e o valor extra não fizer falta, o iPhone 13 Mini é a melhor escolha do mercado neste tamanho.

iPhone 13 Mini: ficha técnica

 

Tela: Super Retina XDR OLED de 5,4 polegadas
Full HD+ (2.340 x 1.080 pixels)
60 Hz
Proteção Ceramic Shield
Processador: Apple A15 Bionic (5 nm)
Hexa-core com até 3,22 GHz
GPU: Apple GPU (4 núcleos)
RAM: 4 GB
Armazenamento: 128 GB
256 GB
512 GB
Câmeras traseiras: Principal: 12 MP (f/1,6) estabilização no sensor
Ultrawide: 12 MP (f/2,4)
Vídeo: 4K em 60 fps com Dolby Vision
Câmera frontal: 12 MP (f/2,2)
Sistema Operacional: iOS 15
Conexões: 5G
Wi-Fi 6 (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.0 (A2DP e LE)
NFC
USB 2.0 (cabo Lightning)
GPS (A-GPS, GLONASS, GALILEO, BDS, QZSS)
Outros: Face ID e proteção IP68
Bateria: 2.500 mAh
carregamento rápido de 18 watts
Dimensões: 131,5 x 64,2 x 7,7 mm
Peso: 141 gramas

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