O River Plate foi eliminado nas semifinais do Mundial de Clubes de 2018. Nesta terça-feira (18), o time argentino estreou na competição diante do Al Ain (Emirados Árabes), representante da casa, e perdeu nos pênaltis por 5 a 4. No tempo regulamentar, empate por 2 a 2.
Por ser o representante do país-sede, o Al Ain saiu do confronto preliminar, equivalente a um jogo único das oitavas de final, passando pelo Team Wellington (NZL). Depois, eliminou Espérance (TUN) nas quartas e River Plate nas semis.
Classificado, o Al Ain chega à final do Mundial. Seu adversário sai do jogo desta quarta-feira (19) entre Kashima Antlers e Real Madrid, que medem forças em Abu Dhabi. A final acontece no sábado (22), às 14h30 (horário de Brasília).
No mesmo dia, o River disputa o terceiro lugar contra o time eliminado na outra semifinal. O jogo também acontece no sábado, mas às 11h30 (de Brasília).
Oportunismo de Borré acendeu o ataque do River Plate
O River Plate começou o jogo precisando de uma referência ofensiva que tranquilizasse o setor. E coube ao colombiano Rafael Borré assumir o protagonismo: em cinco minutos, apareceu duas vezes e virou o jogo a favor dos argentinos. No primeiro gol, contou com uma ajudinha no chute de Lucas Pratto; no segundo, recebeu a bola de Pity Martinez. Depois do intervalo, só não voltou a marcar porque parou nas boas defesas de Khalid Essa.
Pior em campo, Pinola destoou do restante do River
O Al Ain esteve em vantagem no placar nos 10 primeiros minutos de jogo. Neste período, o lateral esquerdo – atuando como zagueiro – foi negativamente fundamental. Primeiro, falhou na marcação de Marcus Berg, que marcou para o Al Ain. Depois, tomou cartão amarelo por falta no próprio sueco. Se o River conseguiu absorver o golpe inicial, certamente não foi pela ajuda do camisa 22.
Caio queria brilhar (e conseguiu)
Único brasileiro em campo no jogo, Caio foi um dos destaques do Al Ain nos jogos contra Team Wellington (NZL) e Espérance (TUN). No entanto, sem conseguir fazer gols nas duas primeiras partidas, entrou em campo disposto a ser mais do que o motor ofensivo da equipe.
Deu certo: depois de um primeiro tempo de poucas oportunidades, o camisa 7 – com passagem pelas categorias de base do São Paulo – cresceu na segunda etapa e chegou a seu gol. Ao mesmo tempo, não deixou de oferecer velocidade pelo lado esquerdo de sua equipe. Na decisão por pênaltis, ainda converteu o seu.
River leva susto, mas reage rápido no 1º tempo
Se alguém esperava jogo fácil para o River Plate, o Al Ain começou o jogo dando um susto: logo aos 2 min do primeiro tempo, o Al Ain abriu o placar. Após cobrança de escanteio pela direita, Marcus Berg desviou de cabeça – a bola passou entre as pernas do goleiro Franco Armani e cruzou a linha, antes que Ahmed Barman chegasse para mandar para o fundo das redes e tirar qualquer dúvida.
Só que o River reagiu rapidamente e virou o jogo. Aos 10 min, após duas boas defesas do goleiro Khalid Essa, Lucas Pratto chutou rasteiro da esquerda e contou com o desvio de Rafael Borré para empatar. Depois, aos 15 min, o próprio Borré recebeu de Pity Martínez, avançou pela direita e bateu cruzado para fazer 2 a 1.
O placar deixou o jogo mais tranquilo para o River, que passou a ser pouco pressionado. Pouco antes do intervalo, aos 46 min, Hussen El Shatat chegou a empatar, mas o árbitro italiano Gianluca Rocchi anulou o lance após consulta ao VAR, assinalando impedimento do camisa 74.
Juízo (e um pouco de sorte) ajudam o Al-Ain no 2º tempo
A reação no final do primeiro tempo parece ter acordado o Al Ain no segundo. Logo aos 5 min, Caio recebeu do japonês Tsukasa Shiotani na esquerda, invadiu a área e limpou a marcação para empatar de novo o jogo.
O gol deu novo fôlego à partida e pressionou o River. Aos 23 min, Mohamed Ahmad cometeu pênalti em Milton Casco – na cobrança, porém, Pity Martínez acertou o travessão, perdendo a chance de colocar os argentinos em vantagem. Pior para os argentinos, que viram os representantes locais no Mundial equilibrarem o duelo e criarem boas oportunidades até o fim da segunda etapa.
A prorrogação teve domínio do River, que não conseguiu converter tal domínio em gols. Assim, o jogo foi para os pênaltis. Aí, brilhou novamente Khalid Essa: na quinta cobrança, feita por Enzo Pérez, o goleiro defendeu e garantiu a classificação.
Segundo tempo tem ‘xadrez’ entre treinadores
O intervalo fez bem ao Al Ain. No segundo tempo, o time comandado por Zoran Mamic voltou mais veloz, chegando ao empate. O gol fez Marcelo Gallardo mexer no River Plate, colocando em campo Juan Quintero e Enzo Pérez para tentar acuar o time da casa na defesa. Ao fim, Gallardo ainda sacou Pity Martinez e colocou Ignacio Scocco em campo para a prorrogação, dando uma nova dinâmica a sua equipe.
VAR atuou também contra pênalti
Não foi apenas o gol anulado do Al Ain no fim do primeiro tempo que teve influência decisiva do árbitro auxiliar de vídeo. Aos 25 min da etapa inicial, o Al Ain pediu um pênalti após uma dividida entre Ismail Ahmed e Exequiel Palacios – o camisa 5 reclamou de um toque de mão do argentino na bola. Após consulta ao VAR, porém, a partida seguiu sem a marcação.
FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 2 (4) X 2 (5) AL AIN
Data: 18 de dezembro de 2018 (terça-feira)
Hora: 14h30 (horário de Brasília)
Local: Estádio Hazza Bin Zayed, em Al Ain (EAU)
Árbitro: Gianluca Rocchi (ITA)
Assistentes: Elenito di Liberatore (ITA) e Mauro Tonolini (ITA)
Gols: Marcus Berg, aos 2 min do 1º T (AIN); Rafael Borré, aos 10 min do 1º T (RIV); Rafael Borré, aos 15 min do 1º T (RIV); Caio, aos 5 min do 2º T (AIN)
Cartões amarelos: Javier Pinola (RIV), Hussen El Shatat (AIN), Rafael Borré (RIV), Caio (AIN), Mohamed Ahmad (AIN), Milton Casco (RIV), Nicolas de la Cruz (RIV)
RIVER PLATE: Franco Armani; Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Pinola e Milton Casco; Ignácio Fernández (Juan Quintero), Leonardo Ponzio (Nicolas de la Cruz) e Exequiel Palacios (Enzo Pérez); Pity Martínez (Ignacio Scocco), Rafael Borré e Lucas Pratto
Técnico: Marcelo Gallardo
AL AIN: Khalid Essa; Mohamed Ahmad, Ismail Ahmed, Mohamed Fayez e Tsukasa Shiotani; Mohamed Abdulrahman (Rayan Yaslem), Tongo Doumbia (Yahia Nader) e Ahmed Barman (Amer Abdulrahman); Hussen El Shatat, Marcus Berg (Bandar Al Ahbabi) e Caio
Técnico: Zoran Mamic
UOL