Rompimento em JP derrama mais de 2 mi de litros de água limpa

Mais de 2 milhões de litros de água limpa foram desperdiçados após o rompimento de um reservatório da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) nesse domingo (24). A companhia informou nesta segunda-feira (25) que instaurou uma sindicância para investigar o que provocou o problema. Houve alagamentos nas ruas, muro derrubado, carro atingido por concreto e comerciantes prejudicados. “Foi contratada uma empresa especializada em estrutura de concreto para apurar e emitir parecer”, disse, em nota ao Portal Correio.

Os bairros que dependem do reservatório que se rompeu estão com problemas no abastecimento de água. Segundo a Cagepa, o fornecimento segue suspenso e deve ficar intermitente ao longo da semana. A previsão é de que o abastecimento seja totalmente normalizado somente no fim desta semana.

Conforme nota enviada à imprensa nesse domingo, os problemas com falta de água atingem os bairros Jaguaribe, Centro, Varadouro, Roger, Tambiá, Alto do Céu, Salinas Ribamar, Porto de João Tota e Vem-Vém, em João Pessoa.

“A Cagepa já está adotando as medidas emergenciais, para que as áreas abastecidas por essa unidade tenham o seu abastecimento restabelecido, de forma plena, até o fim desta semana. Neste período, o abastecimento será feito de forma intermitente”.

Com o rompimento, alguns veículos da Cagepa foram atingidos, mas a companhia negou que atendimentos sejam prejudicados. “Toda a frota da Cagepa tem cobertura de seguro, sendo assim os veículos já estão sendo repostos”. Já carros de terceiros prejudicados, que trafegavam pela área afetada, e comerciantes de milho que tiveram prejuízos, devem comprovar as perdas para que seja analisada a possibilidade de ressarcimento. “As pessoas que se sentirem prejudicadas pelo incidente e devidamente comprovado deverão requerer a reparação do dano, para que a Cagepa analise e se posicione”.

Recentemente, João Pessoa e região metropolitana foram afetados por problemas no abastecimento de água que causaram problemas à população. Perguntada se estaria havendo algum sucateamento dos serviços e dos sistemas de abastecimento, a estatal negou e afirmou que vive o “melhor momento”.

“Muito pelo contrário. A Cagepa atravessa hoje o melhor momento da última década. Depois de anos, a empresa voltou a apresentar superávit. Em 2017, por exemplo, foi superior a R$ 60 milhões. Todo o recurso arrecadado vem sendo investido na construção de novos sistemas e na modernização dos atuais”, explicou. Sobre a situação de reservatórios, a companhia alegou que todos passam por manutenção periódica.

O caso

Um reservatório de água estourou e derrubou parte do muro lateral da sede da Companhia de Água e Esgotos (Cagepa), na Avenida João Machado, em João Pessoa, na tarde desse domingo (24). As causas do incidente ainda são desconhecidas, segundo a estatal.

Água, blocos de concreto e outros entulhos foram lançados à pista por conta do impacto causado pelo rompimento do reservatório. Um corretor de automóveis que passava pelo local contou à TV Correio que ficou muito assustado, pois por pouco não acabou ferido por algum dos destroços. O carro dele, no entanto, ficou cheio de água e foi atingido por pedaços do muro do prédio da Cagepa.

Os entulhos atrapalharam o tráfego de veículos na Avenida João Machado. Agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) foram ao local para ajudar na desobstrução do trânsito. A rua não precisou ser interditada.

Em nota à imprensa, a diretoria da Cagepa informou que instaurou uma comissão de técnicos para investigar as causas do incidente. O texto ressalta que “apesar dos impactos, foram causados apenas danos materiais”. Devido ao rompimento da parede do reservatório, o abastecimento de água nos bairros Jaguaribe, Centro, Varadouro, Roger, Tambiá, Alto do Céu, Salinas Ribamar, Porto de João Tota e Vem-Vém precisou ser interrompido.

Outro problema recente

Uma suspensão de emergência feita pela Cagepa em 12 de junho deste ano deixou João Pessoa e cidades da região metropolitana sem água por mais de 36 horas. Foi o segundo corte emergencial feito em poucos dias, afetando toda a cidade. De acordo com a Cagepa, nos dois casos o corte ocorreu por causa de um problema com reservatórios, o que exigiu manutenção não programada.

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