O sistema imunológico tem a missão de proteger o nosso corpo contra perigos como vírus e bactérias. Mas, devido a alguns fatores genéticos e ambientais, esse sistema pode “entrar em pane” e entender que as células do organismo são ameaças, passando a atacar a si próprio. E é aí que surgem as doenças autoimunes, tema do videocast “Sem Contraindicação” desta semana, que recebeu o gastroenterologista José Nonato Spinelli e a reumatologista Danielle do Egypto.
De acordo com a “Autoimmune Association”, um órgão americano dedicado a este assunto, as doenças autoimunes afetam até 8% da população mundial e, pelo menos, 30% podem desconhecer que têm esse problema de saúde. Um dos fatores para essa realidade é a dificuldade para fechar o diagnóstico, já que os sintomas são tão variados quanto as suas origens.
Atualmente, mais de 100 tipos de doenças autoimunes já foram descobertos. Entre elas, estão lúpus, artrite reumatoide, esclerose múltipla, doença celíaca, vitiligo e psoríase. Essas doenças têm um componente genético e podem ser desencadeadas por gatilhos como processos infecciosos ou estresse, a exemplo de traumas, perdas e separação. Elas podem ocorrer em qualquer faixa etária, com prevalência nos adultos jovens.
Diagnóstico e qualidade de vida
A boa notícia é que, apesar de não terem cura, as doenças autoimunes são totalmente controláveis. Segundo a reumatologista Danielle do Egypto, nas últimas duas décadas houve grandes avanços no tratamento. “De 20 anos para cá, foi descoberto um grande número de drogas imunossupressoras que a gente usa para controlar esse sistema imune, que está perturbado, hiper-reativo e causando a inflamação no próprio corpo, nos mais diversos órgãos”, informou.
Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados no tratamento. O gastroenterologista José Nonato Spinelli disse que um passo importante para conseguir melhores resultados é a pessoa aceitar que tem uma doença autoimune. “Com essa aceitação, vai ser mais fácil entender os sintomas, aprender a conviver com a doença e lembrar que a doença autoimune, algumas vezes, é cíclica: ela apresenta períodos de exacerbação de sintomas e um período de acalmia, especialmente quando ela está mais controlada”, explicou. Para ele, como em qualquer área da medicina, o importante neste caso é priorizar a qualidade de vida do paciente.
Outro ponto importante é manter o acompanhamento médico. Mesmo sem manifestar sintomas, a pessoa com doença autoimune deve se consultar com o especialista, pelo menos, uma vez por ano para uma avaliação. A reumatologia é a especialidade que mais trata doença autoimune, mas ela pode estar relacionada com diversas outras áreas médicas, a depender de como se manifeste.
Onde assistir
O “Sem Contraindicação” é produzido pela Unimed João Pessoa. O episódio completo sobre doenças autoimunes pode ser acessado no canal do plano de saúde no YouTube e no Spotify, onde também é possível assistir a episódios anteriores.
O videocast também fica disponível no Portal Unimed João Pessoa, que tem uma seção exclusiva sobre o programa. Por esse canal, é possível interagir com a equipe de Comunicação, responsável pela produção.
Portal Correio