A 35ª edição do Salão do Artesanato Paraibano foi lançada nesta terça-feira (10), em uma estrutura montada nas areias da Praia de Cabo Branco, em João Pessoa, no mesmo espaço em que o evento será realizado de 13 de janeiro a 5 de fevereiro.
A estimativa da gestão do Programa do Artesanato Paraibano (PAP) é que passem pelo Salão do Artesanato Paraibano 120 mil pessoas, gerando um volume de negócios em torno dos R$ 2 milhões — entre vendas e encomendas.
O tema do 35° Salão do Artesanato Paraibano é “Artesanato Indígena”, mostrando toda a riqueza cultural dos primeiros habitantes do País, representada aqui no Estado principalmente pelas etnias Potiguara e Tabajara.
Ao todo, o Salão terá a participação de 537 artesãos – número recorde na história do evento – e que vai trazer o melhor do artesanato produzido do Litoral ao Sertão.
O evento
O Salão do Artesanato Paraibano vai funcionar das 15h às 22h, todos os dias da semana, em uma estrutura montada — totalmente climatizada — na Orla de Cabo Branco, logo após o Jangada Clube. A entrada é gratuita, e o público ainda pode ajudar levando um quilo de alimento não perecível, cuja arrecadação após o evento será destinada a entidades que atendem pessoas em condição de pobreza.
Além do artesanato indígena, outras tipologias também estarão presentes no evento: renda renascença, brinquedos populares, cerâmica, madeira e metal, por exemplo, além do melhor de bebidas e da gastronomia regional.
Assim como em outras edições, o Salão do Artesanato Paraibano vai contar com uma série de parcerias com órgãos e autarquias do Governo do Estado, prestando atendimento e facilitando o dia a dia do público visitante.
Estrutura ambientada e climatizada
Com uma área de mais de 3,6 mil metros quadrados, a 35ª edição do Salão do Artesanato Paraibano vai propor uma verdadeira imersão na cultura indígena, com uma cenografia projetada sob medida.
Rosemildo Jacinto, arquiteto responsável pela ambientação, adiantou alguns detalhes do projeto. “A fachada a gente está trabalhando com a marcação do grafismo, usado hoje em dia nas aldeias na pintura de corpo. Tivemos essa referência para imprimir nas lonas da fachada principal”, explicou.
“Além disso, estamos trazendo alguns elementos cenográficos, como duas canoas que são utilizadas pelos indígenas na atividade da pesca, e também a montagem pelos próprios indígenas de duas ocas e elementos do cotidiano deles”, prosseguiu o arquiteto.
A ambientação do espaço vai contar ainda com um corredor sensorial, onde o visitante será recebido com músicas da cultura indígena usadas na dança do toré, além de alguns incensos de ervas conhecidas pelos indígenas há centenas de anos, entre outros detalhes.
O também arquiteto Gustavo Vaz destacou que todo o projeto foi pensado para surpreender quem for prestigiar o Salão. “Temos o desafio de fazer algo não repetitivo, claro, mas tendo em mente de que tem de ser um circuito onde os visitantes passem por todas tipologias, dando oportunidade igual de divulgação e comercialização a todos os artesãos”, ressaltou.
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