Tempestades provocam quatro mortes e destruição no sul do Brasil

Vendavais e tempestades registradas nesta terça-feira (30) no sul do Brasil provocaram mortes em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e deixaram um rastro de destruição nos três estados da região, com quedas de árvores, destelhamento de casas, falta de energia e bloqueio de estradas.

A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou ao menos três mortes. Uma idosa de 78 anos, de Chapecó, no oeste, foi atingida por uma árvore. Um homem de Santo Amaro da Imperatriz, região metropolitana de Florianópolis, foi atingido por fios de alta tensão. Em Tijucas, litoral catarinense, uma morte foi causada por queda de estrutura. Uma pessoa está desaparecida.

Em Nova Prata, na serra gaúcha, uma morte por soterramento foi registrada pela manhã devido a um deslizamento de terra causado pelo grande volume de chuvas. A região é uma das mais atingidas do estado com as chuvas e os ventos provocados por uma frente fria associada a um ciclone extratropical, chamado de “ciclone bomba”.
A região norte do Rio Grande do Sul também foi atingida. Ao menos 400 casas e um hospital foram destelhados em Iraí e Barracão. Há registros de danos e alagamentos em outros quatro municípios.

Em Porto Alegre, segundo a Defesa Civil, mais da metade da média histórica de chuvas no mês de junho caiu em poucas horas. Cinco casas foram destelhadas e um muro desabou. Também houve falta d’água ocasionada pela queda de energia elétrica. O ciclone só deve chegar à capital a partir desta madrugada.

Vídeos gravados em diversas regiões de Santa Catarina mostram telhados de prédios e casas voando com a força dos ventos. Por volta das 16h45min, de acordo com a Defesa Civil, quase metade das residências do estado estava sem energia elétrica. O oeste foi uma das áreas mais atingidas. Os principais registros são de quedas de árvore e destelhamento.

Segundo o serviço estadual de meteorologia, os temporais foram causados também pela passagem de uma frente fria associada ao ciclone extratropical do litoral gaúcho. Boletim da defesa civil de 15h apontam que os ventos chegaram a 120 km/h na serra catarinense.

No Paraná, ao menos 13 municípios foram atingidos. No total, 40 pessoas estão desalojadas e 12 desabrigadas. Foram 385 casas danificadas.

Na região metropolitana da capital, houve queda de energia comprometendo o abastecimento de água em Curitiba e em outros seis municípios.

Só na capital, até o início da noite, a prefeitura registrou 406 solicitações de ocorrências com quedas de árvores ou galhos, mas muitas delas eram para um mesmo endereço. Não houve registro de feridos, desalojados ou desabrigados, segundo a administração.

Houve ainda 37 destelhamentos provocados pelas fortes rajadas de vento, que, de acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), ultrapassaram os 97,9 km/h na cidade.

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