Universidade quer ensinar homens a lidar com masculinidade

A Universidade do Texas (UT), nos Estados Unidos, lançou um programa que vai ser desenvolvido pelo Centro de Aconselhamento e Saúde Mental e que pretende ajudar os estudantes homens a lidar melhor com a identidade de gênero e a masculinidade.

O projeto, chamado MasculinUT, foi organizado pela própria equipe de aconselhamento da universidade com base em relatos de que o estímulo exagerado e indevido da masculinidade contribui com posturas destrutivas, que machucam os próprios homens e os outros — amigos, familiares ou companheiros.

Com a criação do programa, a instituição passa a aceitar a ideia de que as questões que envolvem masculinidade e violência são questões de saúde mental, embora não existam evidências científicas que apontem para isso.

O MasculinUT não é exatamente uma novidade. Outras universidades norte-americanas já desenvolvem projetos parecidos como a UNC-Chapel Hill, na Carolina do Norte, e Northwestern, em Illinois. Mas a do Texas é a primeira a ligar o projeto à área de saúde mental.

Masculinidade restritiva

O programa pretende desmistificar a ideia de que os homens precisam “agir como homem” e quebrar ensinamentos e cobranças sociais que encorajam a assumir o papel considerado naturalmente masculino, como ser bem-sucedido e ter a responsabilidade de sustentar a família — é o que a universidade chama de “masculinidade restritiva”.

Os conselheiros da universidade alegam que estas cobranças são perigosas porque colocam os homens dentro de uma fôrma e impedem que eles desenvolvam maturidade emocional.

No momento, o programa está sem um coordenador. A vaga está aberta mas, de acordo com a universidade, a seleção para encontrar um “coordenador de masculinidade saudável” já está em andamento.

 

R7