O derrame pleural que afetou o cantor Bruno Cardoso, vocalista do grupo Sorriso Maroto, é popularmente conhecido com água na pleura. A condição não é doença, mas indica que algo de errado no corpo.
— A causa mais comum em pessoas na idade do cantor é a tuberculose pleural. Mas a condição também pode ser provocada por pneumonia, insuficiência renal e até metástase de câncer — explica o pneumologista Gilmar Alves Zonzin, presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio (Sopterj).
As pleuras são duas membranas que cobrem o pulmão e a caixa torácica. É normal ter um líquido, em pequena quantidade, entre as duas membranas. Sua função é facilitar a expansão do pulmão durante a respiração. O problema é quando o líquido aparece em grande quantidade. O diagnóstico é feito baseado nos sintomas e em exames de imagem, como detalha Rogério Rufino, presidente da Sopterj:
— Com a radiografia conseguimos identificar a presença do excesso de água. A partir daí pedimos uma tomografia e um ultrassom do tórax para dimensionar a quantidade.
O tratamento vai depender do tipo de problema que provocou o derrame na pleura. Para diagnosticar a causa é preciso fazer uma pulsão do líquido e retirar um pequeno fragmento da pleura para biópsia.
— A duração do tratamento e a indicação de repouso vai depender da causa, mas essa não é uma condição na qual a pessoa leva a vida normalmente sem nenhum cuidado — diz Zonzin.
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