A Meta enfrentará julgamento nos Estados Unidos em um processo de antitruste movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que busca desfazer as aquisições do Instagram e WhatsApp. A ação acusa a gigante das redes sociais de comprar essas plataformas para eliminar competidores emergentes e consolidar seu monopólio no mercado digital.
Segundo a Reuters, a decisão foi tomada nesta quarta-feira pelo juiz James Boasberg, em Washington, que negou, em grande parte, a tentativa da Meta de encerrar o processo iniciado em 2020, durante a administração de Donald Trump.
Meta é acusada de usar aquisições de WhatsApp e Instagram para reforçar monopólio
- Segundo a FTC, as aquisições de Instagram, em 2012, e WhatsApp, em 2014, foram realizadas com valores muito acima do mercado.
- Isto caracterizaria uma estratégia para eliminar ameaças emergentes ao invés de competir diretamente no setor mobile.
- A acusação alega que, ao adquirir essas empresas, a Meta buscou consolidar seu domínio e manter o controle sobre o ecossistema de redes sociais.
- No entanto, Boasberg rejeitou a acusação de que a Meta reforçou seu monopólio limitando o acesso de desenvolvedores de aplicativos de terceiros à sua plataforma, a menos que eles concordassem em não competir com seus serviços principais.
Posicionamentos e proibições no julgamento
Em resposta, um porta-voz da Meta declarou que a empresa acredita que as evidências demonstrarão que as aquisições de Instagram e WhatsApp beneficiaram a concorrência e os consumidores, proporcionando um ecossistema digital mais dinâmico.
Já Douglas Farrar, porta-voz da FTC, afirmou que o caso representa um esforço bipartidário, que atravessa as administrações dos presidentes norte-americanos Donald Trump e Joe Biden, para limitar o poder monopolista da Meta e restaurar a competição, garantindo inovação e liberdade no setor de redes sociais.
Durante o julgamento, a Meta não poderá argumentar que a aquisição do WhatsApp aumentou a competição ao fortalecer sua posição contra rivais como Apple e Google, conforme determinação do juiz Boasberg. Ele informou que emitirá uma ordem detalhada ainda nesta quarta-feira, após a revisão de informações comerciais confidenciais por ambas as partes. A data para o julgamento ainda não foi definida.
Olhar Digital